Não sou uma pessoa de fazer facilmente amizades. Não que seja pouco social, antipática ou não goste de badalar com pessoas divertidas. Muito pelo contrário, sou alegre, cativo quase sempre as pessoas a minha volta, numa mesa de bar sou a alegria em pessoa, vivo sendo convidada para festas e tenho um círculo diversificado de conhecidos e parceiros de baladas.
Porém, o que estou falando aqui é de amizade mesmo. Amigos pra vida toda, pelos quais você é capaz de fazer tudo e sabe que eles sempre estarão lá por você (lembra da música de abertura do Friends?). Estes são raros não se encontram em qualquer esquina. Aliás, os meus melhores amigos são da minha época de ginásio - uma época em que somos menos desconfiados e mais abertos aos sentimentos.
Aliás, eu sou a rainha de ficar amiga de ex. Quase todos fazem parte do meu círculo e adoram minha companhia, minhas opiniões e me querem bem, assim como eu a eles. Acho que isso é caráter, sinal de que eu soube escolher direitinho com quem devia me relacionar e vice-versa. Não dá para terminar uma relação verdadeira e dizer "adeus, foi bom enquanto durou". Quando os sentimentos românticos vão embora, há um espaço gigante para uma amizade verdadeira e desinteressada.
Por que estou falando sobre amizade hoje? Por que nunca meus amigos estiveram tão presentes na minha vida, nunca contei tanto com eles e eles comigo.
E ontem algo me fez pensar. O quanto estou me doando aos que eu amo? O quanto estou disponível para curar suas dores? Ou para comemorar suas vitórias? Até que ponto minhas escolhas pessoais estão me afastando dos ideais que compartilhei com meus amigos no começo? Tenho mais para sorrir de satisfação ou penar de arrependimento?
A resposta? Não sei ainda. Mas já cheguei a conclusão de que podemos até nos enganar, mas nunca aos que nos amam de verdade. É impossível mentir para pessoas tão importantes. Então, um brinde aos meus amigos!
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